segunda-feira, 16 de maio de 2011

Chamado missionário

Nessa época e na minha nova morada,vieram morar comigo muitas pessoas:Genésio,dona Cacilda,Alicio,Rosinha,Agenor e esposa,Mara,Hirleia,Jaime,Jonilso,Jackson Raimundo Nonato,Nicanor,e outros que não me lembro no momento,mas foram lindos momentos,que passamos juntos.Praticamente quase todos lá do rio preto,e eles me diziam que quando eu me formasse fosse trabalhar lá com eles .Também tinha a minha família lá no Arari minha terra natal.Eu só dizia que fosse feito a vontade de Deus.E se foram passando os dias,e eu tinha entrado em 89 no seminário,saia todas as seis horas da manhã do bairro da Paz e caminhávamos por dentro do Alvorada e íamos varar na  estrada da Ponta Negra,e fizemos esta rota por quase três anos e nunca ninguém teve pena de nós.E quando a minha filha de nº 4 nasceu nós começamos  a fazer planejamento familiar,e comecei  a orar pedindo de Deus um filho homem pois já tinha quatro lindas meninas.E passou-se os dias me formei em 1992,aos meados de maio.E já vinha sendo cobrado por Deus para escolher o meu campo dado pelo Senhor.Entre Arari e Urupadí,fiquei com Urupadí.Fui com o meu pastor na época era o Edinaldo de Medeiros.O pastor Cláudio Otavio o nosso primeiro Missionário no Estado do Amazonas.

O ENVIADO AO INTERIOR.

Mas,graças a Deus o Pastor Edinaldo entendeu o meu chamado e me enviou.Ficou certo que no mês de setembro viajaria com toda a minha casa,ao interior de Maués uma das muitas cidade do interior do Amazonas.Eu me lembro que não temi nem por um momento de Deixar:A boa escola das minhas filhas,meus amigos,minha família,meu trabalho de pedreiro que por sinal ganhava muito bem,minha casa boa de alvenaria com água,luz e um bonito quintal.Tudo isto deixei agora por uma causa divina.Antes eu fazia isto por ansiedade de minha alma,nunca amei as coisas deste mundo,hoje muito mais,eu só cuido delas para Deus,pois sou o seu mordomo.

O MOMENTO DE DEIXAR TUDO.

Alugaram um caminhão e que foi cheio das minhas coisas.Coloquei as minhas filhas dentro e descemos para um lugar que nós não tínhamos nada.Tudo o que nós tínhamos estava ficando.A,a minha filha mais velha não pude ir por causa de seus estudos.Estava ficando um pedaço de mim pra trás,mas,eu não desisti,fiz da minha face,face de seixo,pra não chorar.Saímos era dia 09 de setembro de 1992.

A CAMINHO DA ESPERANÇA.

Chegando em Maués dia 10 de setembro de 92,com todo aquela mudança sem ter onde colocar.Fui em busca de um barco que coubesse tudo aquilo,encontrei um barco chamado de Comandante Leal,dormimos ali naquela noite e saímos a tarde do outro dia.As minhas três filhas alegres.

O MOMENTO DA CHEGADA AO ALÉM.

Fomos na direção da casa de um irmão Sateré e sua mãe Cacilda Michiles.Chegamos naquele porto era de tarde,coloquei toda a minha mudança na praia e o irmão Alicio já estava ali,e disse a ele que eu ia morar em sua casa,e ele ficou muito alegre.Mas,a casa de era muito pequena pois não tinha onde colocar as minhas coisas,foi preciso nós fazermos um jirau de paus suspenso e ai deu.Onde nós dormíamos não tinha paredes,quando chovia tínhamos que tirar as nossas redes.pra não molhar.

O LUGAR DA PROMESSA.

Fincamos nossa bandeira naquele lugar,ali seria o nosso quartel de linha de frente,e como foi!Meu objetivo era trabalhar já em uma comunidade já formada, não ter que forma novas comunidades.Aqui nas áreas ribeirinhas temos muitas comunidade com dez famílias,quinze famílias então é mais fácil para o governo Federal,Estadual e Municipal ajudar desta
forma o caboclo.E me dirige a uma Co
munidade chamada Aparecida do Pedreiro;falei diretamente com o presidente(o maioral)Que o meu objetivo era trabalhar na pregação do Evangelho,sendo que o evangelho ia atrair muitos outros benefícios para a comunidade.E ele me falará que  ia me dá em outra hora a resposta, depois de reunir todos os comunitário.E assim como acertamos,em dias depois ele me trouxe a resposta,que não podiam me aceitar na comunidade  deles porque eu não era da mesma religião deles,e eu não pode fazer nada;mas,também não bati o pó da minha sandália.Voltei ao quartel,e no dia seguinte fui a outra comunidade,mais próxima do nosso quartel,chamada:São José do Pedreiro.Conversei com o Presidente expliquei os meus objetivos trabalhando com eles,e ele me respondeu a mesma coisa que:Que ele ia reunir os Comunitários e que depois ele me daria a resposta.Com uns dias depois ele me deu a resposta.Que não dava porque eu era crente e eles são Católicos.E eu voltei pro meu quartel,em conversa com o irmão Alicio e a irmã Cacilda sobre o assunto das duas comunidades que fecharam as suas portas para mim.Ela me disse que me daria uma área de terra  de uma hectaria para fazer a igreja.Pois a irmã Cacilda já era uma Sateré batizada na igreja batista ela com a sua nora Laurieta,o irmão Alicio eram também batizado na Metodista Wesleyana lá em Manaus,na época que eu estava fazendo o Seminário.E quando a irmã Cacilda falou aquilo, fiquei muito feliz,pois sabia que Deus queria começar naquele lugar da estaca zero.Como eu fazia culto lá no quartel,já tinha se achegado uma família de Saterés,e já somávamos oito pessoas.

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